Exames de Sêmen devem ser realizados periodicamente para a obtenção de maior controle sob a produção de doses espermáticas. Tais como:
. Bacteriológico do sêmen in natura e sêmen diluído, que indicam o grau de contaminação bacteriana;
. Espermograma ou Morfológico que determina o percentual de espermatozóides normais e alterados do ejaculado e pode ser realizado no centro de IA.(com microscópio de contraste de fase), pois evitam que espermatozóides inviáveis participem do processo de fecundação evitando assim, falhas reprodutivas.
. E a técnica de PCR (Reação em Cadeia de Polimerase) para diagnóstico da presença de vírus no plantel.
Bacteriológico:
Quando devo utilizar?
– O exame bacteriológico deverá ser realizado trimestralmente, fazendo amostragem de 20% dos machos do plantel que estejam em regime de coleta.
– Mudanças na higienização do laboratório e/ou coleta, devem ser monitoradas.
– Quando tiver ocorrência de retornos de cio acompanhados de descarga vulvar (afastando causas como falta de higiene no processo de inseminação).
– Redução no período de conservação do sêmen diluído.
MATERIAIS
Sêmen in natura e Sêmen diluído do mesmo ejaculado (como produzida e envasada para IA).
– Frascos estéreis de 10ml, com tampa e que assegurem vedação.
– Pipetas estéreis de 5ml ou 10ml.
– Etiquetas para identificação.
– Gelo reciclável.
– Caixa isotérmica.
MÉTODOS
– Coletar amostras de sêmen in natura do frasco de coleta do sêmen, em frasco estéril, com pipeta estéril.
– Identifique o frasco (com data da coleta e identificação do macho).
– Enviar apenas uma dose de sêmen diluído (conforme produzido para IA).
– Os acondicionamentos das amostras e das doses de sêmen diluído deverão ser feitos em caixas isotérmicas, com gelo reciclável suficiente para garantir sua refrigeração (5ºC e 8ºC).
– Opte sempre pelo laboratório mais próximo da propriedade evitando assim mudanças bruscas de temperatura, o que poderá comprometer a qualidade do material analisado.
Espermograma: Quando devo utilizar?
– Na introdução de machos novos no plantel de doadores. – Regularmente a cada dois meses para machos em regime de coleta (machos ativos). – 4 a 8 semanas após a observação de sinais clínicos de doença (febre, apatia prolongada, problemas de casco com manifestações de dor e dificuldade locomotora), ou após períodos prolongados de afastamento da coleta ( maior que 3 semanas) por qualquer razão. – Na observação de alteração consistente das características do ejaculado (queda da motilidade espermática, redução do período de conservação do sêmen diluído). Em outras situações a critério do responsável técnico da CIAS.
MATERIAL
– Sêmen in natura ou diluído como para IA.
– Solução de Formol citrato:
• Formaldeído comercial (40%)…………………….3,0 ml.
• Citrato de sódio…………………………………………2,9g.
• Água destilada………………….completar para 100 ml.
– Frascos de vidro ou plástico transparentes, com tampas que vedam.
– Pipetas de 1ml e 10ml
– Etiqueta para identificação.
– Material para embalagem.
MÉTODO
– Prepare os frascos com 9ml da solução de formol citrato (previamente aquecida entre 32 e 35º).
– Descarte a pipeta utilizada.
– Acrescente 1,0ml de sêmen diluído (duas ou três gotas de sêmen in natura). O excesso de sêmen da amostra podeprejudicar a avaliação por causar aglutinação espermática.
– Homogeneizar.
– Descarte a pipeta utilizada.
– Feche o frasco e misture o conteúdo cuidadosamente até completa homogeinização da amostra.
– Identifique o frasco (macho e data da coleta).
– Embalar na caixa, protegendo os frascos com plástico, papel ou chips de isopor.
– Enviar ao laboratório (não é necessário refrigeração).
O alto grau de diluição do sêmen na solução de formol citrato, é necessário para previnir a ocorrência de aglutinação quando a amostra é examinada 24h ou mais depois de sua preparação. Quando o exame é realizado no mesmo dia da preparação da amostra, o grau de diluição do sêmen: formol citrato pode ser mais baixo, como por exemplo, 1:4 ou 1:5 com sêmen diluído, ou 5 a 6 gotas de sêmen in natura em 9ml de solução de formol citrato.
Limites aceitáveis de alterações morfológicas dos espermatozóides:
– É considerado sêmen normal àquele com número de células espermáticas morfologicamente anormais dentro dos limites aceitáveis. No manual para exame de sêmen andrológico e avaliação de sêmen animal (CBRA, 1998) as alterações morfológicas totais devem ser inferiores a 20%.
– Quando individualizadas por região do espermatozoide, devem ser considerados os limites apresentados no quadro 1. É importante salientar que, mesmo quando os parâmetros morfológicos encontram-se dentro dos limites aceitáveis, o resultado do exame não permite estabelecer o nível de real fertilidade do ejaculado (Rodríguez-Martínez & Eriksson, 2000).
Alterações de Acrossoma |
5
|
Alterações de Cabeça |
5
|
Alterações de Colo |
5
|
Gota Protoplasmática Proximal (GPP) |
10
|
Alterações da Peça Intermediária |
5
|
Gota Protoplasmática Distal (GPD) * |
|
Alterações de cauda |
10
|
Total de alterações |
20
|
Exame PCR:
Quando devo utilizar?
– O exame virológico do sêmen deverá ser realizado sempre que haja suspeita do agente viral no plantel, a critério do responsável técnico da CIAS.
Cuidados básicos na hora da coleta:
– Todo o procedimento deverá ser realizado em um ambiente limpo e tendo à disposição estruturas e materiais necessários para realizar o procedimento com a menor contaminação possível.
– Ter disponível o manual de coleta para laboratório ou consultar diretamente o laboratório que receberá as amostras.
– Erros na coleta e armazenagens para envio levam a falsos resultados.
MATERIAL
– Sêmen in natura
– Frascos estéreis com capacidade de 10ml, com tampa que assegure boa vedação.
– Pipetas estéreis de 5ml ou 10ml.
– Etiquetas para identificação.
– Gelo reciclável.
– Caixa isotérmica.
MÉTODO
– Coletar uma amostra de sêmen puro (fração rica)
Com pipeta estéril diretamente do recipiente da coleta.
– Identificação da amostra (número do macho, hora e data da coleta).
– Acondicionar a amostra em caixa isotérmica, com gelo reciclável suficiente para garantir sua refrigeração (5ºC a 8ºC) até a chegada ao laboratório.
– Enviar ao laboratório o mais rápido possível.
Departamento Técnico
Majop Medi Chimica do Brasil